Cadeiras vazias; silêncio em sala de aula e ninguém pelos corredores. Sinal que não há aula.
Há mais de 50 dias alunos da rede municipal de ensino do município de Pedro Velho, no Rio Grande do Norte, convivem com a falta de aula em virtude de uma greve que não tem data definida para chegar ao fim.
Os professores da rede municipal de ensino de Pedro Velho deram mais uma demonstração de que não estão dispostos a ceder ao que consideram falta de interesse do prefeito Lenivaldo em abrir diálogo para negociações. No último sábado (23) os profissionais em educação se reuniram no centro da cidade e usando um serviço de som, discursaram no objetivo de sensibilizar, quem eles, chamam de responsável pela paralisação, o chefe do executivo no município.
O professor Maurício, um dos representantes da comissão de negociação falou sobre o drama. “A greve que passa dos 50 dias acontece porque o prefeito não quer cumprir a lei do piso, nem tampouco, o plano de carreira. O prefeito diz que não tem recursos para pagar o plano de carreiras com os percentuais que se tem na tabela. Mas analisando os recursos, percebemos que se diminuírem alguns custos que, achamos desnecessários, isso seria possível. É questão de querer” Comentou.
Sávio, um dos representantes do legislativo municipal que, também, é pai; comentou a problemática e destacou a atuação do legislativo no processo de negociações. “É uma vergonha a situação em que Pedro Velho se encontra. É um desrespeito com a população. O legislativo tem cobrado soluções.” Disse.
A mãe de três alunos disse estar preocupada com a situação e afirmou ser necessário transferir seus filhos para escolas em Natal. “Tenho três filhos e estou preocupada com a situação, o jeito será transferi-los para escolas em Natal.” Relatou.
Sem chegar a um acordo, o professor Maurício diz que a greve não tem previsão de chegar ao fim.
Nossa reportagem tentou localizar o gestor do município, mas, fomos informados que Lenivaldo se encontrava em Natal. Procuramos ainda o secretário de educação no município, Professor Carlão, mas também não o encontramos. Por telefone fizemos contatos, mas não tivemos sucesso.
Enquanto o embate não é resolvido os alunos ficam no prejuízo.
Por Júnior Campos
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