Sentimentos dos mais diversos; olhares o mais triste possível e uma certeza: O responsável pelo bárbaro crime tem que pagar pelo que fez.
Uma tarde que não será esquecida e uma ferida aberta que não vai cicatrizar. A morte de Arthur Braz da Silva, Victor, de sete anos, mexeu com os mais duros corações e arrancou lágrimas dos mais diversos olhos; foram almas que foram dilaceradas.
O sepultamento da criança não poderia ser diferente. Um mar de gente tomou as ruas da pacata cidade de Dona Inês, abalado nos últimos dias, por um crime bárbaro, impiedoso. Gente dos mais diversos recantos, de toda parte. Quem nunca viu Victor; quem nunca conheceu a família de Victor; se quer morava no município, veio dar o último adeus. Foi uma dor dividida por milhares que, revoltados, choravam a dor da covardia, praticada por um ser que, se quer merece, ter seu nome nesta página.
Margarida, Santana e Cicinho, não perderam um filho; Dona Inês e um região chocada pelo ocorrido, perderam um filho. A história vai dizer que foi Victor e, o desgaste do tempo não fará com que o violento homicídio, se der por esquecido.
Faixas e cartazes denunciavam o amor por Victor; passos lentos e desconcertantes seguiam o cortejo daquele que deixou de ser, para ter. Ter o amor; ter o carinho; ter a compaixão; ter a saudade e a lembrança com herança de um ser que não chegou a ser, o que queria ser.
O batismo simbólico; as palavras de conforto dirigidas pelo Pe. Roberivaldo, não amenizou a dor, nem tampouco, ludibriou a revolta estampada na face de cada um presente.
Enterrar Victor foi como enterra esperança de dias melhores; de um mundo de paz. Em meio a tanta dor e revolta, as únicas coisas que se ouviu foram os gritos da popualção, orquestrado clamando: "Justiça"
Mas a noite chegou; e a noite é sempre uma certeza de um fim, para um começo. O dia voltará e com ele a luz de um sol que nunca deixa de brilhar.
A vida vai lentamente andando e a saudade ferozmente devorando os corações de quem o amou.
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