quinta-feira, 22 de março de 2012

O dia em que o Promotor virou Gari

Um dia    desses olhando o serviço de limpeza de nossa cidade me deparei com    um homem, de camiseta, bermuda, cabelo esvoaçado e muito falante,    percebi logo que não era um de nossos conhecidos garis, ao olhar    novamente e mesmo sem acreditar direito, reconheci que se tratava do    promotor de justiça Marinho Mendes Machado, que estava tendo um dia    de gari.

Aquela atitude do    promotor me levou a uma profunda reflexão. Porque minha mente    demorou associar a figura de um promotor de justiça com um saco de    lixo nas costas?

Porque essa demora em    aceitar isso, seria a falta do terno e gravata?

A roupa cor laranja    devia chamar mais a atenção!

Apesar de serem    imprescindíveis, muitas pessoas costumam considerar esse    trabalhador apenas como uma sombra na sociedade, seres invisíveis,    sem nome.

O gari de forma geral    enfrenta o drama da “invisibilidade pública”, ou seja, uma    percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão    social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a    pessoa. Mas o que todos não sabem, é que o gari é peça    fundamental na sociedade. “Já imaginou se as ruas não fossem    limpas, os canteiros não fossem limpos e o lixo doméstico não    fosse recolhido?”,

Mas infelizmente vivemos    em uma sociedade que o cidadão que tem por profissão gari, é    visto apenas como aquele que remove o lixo, lixo esse deixado por    aqueles que se julgam maiores, mais limpos. Só que falta a maior    limpeza que é a moral, essa sujeira, gari nenhum pode limpar e    assim temos tanta imoralidade na sociedade, ah, se houvesse gari que    limpasse a moral, certamente teríamos um mundo melhor.

Nos assusta ver a falta    de educação de muitos, que julgam tão importantes, que mal dão    um bom dia, aos garis. Nos assusta ver pessoas que colocam terra,    pedra, entulho para o gari levar. Nos assusta ver a falta de amor    cristão, daqueles que não tem coragem de pegar um copo de sua    cozinha e oferecer com água para os garis. Oh, sociedade hipócrita    que vivemos, como faz falta garis de moral, que limpem a sujeira do    caráter, da moral.

Promotor que vira gari,    pode assustar. Mas não se assuste se um dia um gari se tornar    promotor, assim, talvez você possa vê-lo e quem sabe dizer: Bom dia Doutor!  Paulo    Eduardo.

Com Pastor Paulo Eduardo

2 comentários:

Profº Henrique Guedes disse...

Aburdo tb é a cidade de Belém q não dar valor a profissional algum, varias pessoas com curso superior, desempregado, posso cita varios exemplos, ao inves da cidade dar valor ao profissional da terra, traz de cidades visinhas, a eu sempre acredtei nisso q santo de casa não obra milagre, eu mesmo tive q vim pra capital João Pessoa Pb, pq meu diploma ai de licenciado em educação fisica e bacharelado em educação fisica nao valia nada.é revoltante.

Anônimo disse...

E quem q acha que o fato de o promotor de Justiça da cidade se "vestir" de gari para "valorizar" categoria vai fazer diferença é mt ingênuo. Primeiro que ele se vestiu mesmo foi para aparecer, que é o que ele gosta; segundo o que a categoria precisa é de melhores salários e condições de trabalho... Será que por isso o Sr. Promotor vai brigar???
Ah, Dr. O Sr, esqueceu de, ao menos, colocar os EPI's (Equipamentos de Segurança Individual), já seria um ótimo começo.