sábado, 30 de junho de 2012

SOLÂNEA-PB. Jovem de 19 anos, depois de esconder gravidez por 9 meses, abandona bebê após dá a luz

Polícia em frente a casa da acusada
Absurdo. Foi essa a palavra que o agente de investigação da polícia Civil, Zé Ailton, encontrou para definir o caso que acompanhou na manhã deste sábado (30). 

Era fim do plantão na delegacia de Solânea, no brejo paraibano, quando a polícia civil recebeu uma denúncia do hospital local, dando conta de um suposto aborto voluntário, praticado por uma jovem de 19 anos de idade. 

Os agentes que estava de plantão, Tarcísio Noberto e Zé Ailton, se deslocaram para o hospital para apurar o caso e, depois da confirmação, por parte da equipe médica, de que havia um crime de aborto, os policiais foram com a mãe da jovem até a residência onde as duas residem, na Rua Ceará, parte periférica de Solânea, com o objetivo de encontrar elementos que confirmassem a denúncia.

Local onde a criança foi encontrada
Os agentes de investigação descobriram que havia uma grande concentração de sangue, no banheiro da casa, provavelmente onde teria ocorrido o suposto aborto. Em seguida, passaram a rastrear marcas de sangue que levaram os policiais até o quintal da residência. A mãe da jovem, acompanhada dos policiais e outra filha, disseram ter ouvido choro de criança e seguiram em direção ao choro. Para a surpresa da polícia, era uma criança recém-nascida que estava jogada em um buraco que fica há poucos metros da residência.

A reação foi de choque entre os policiais e a família da jovem que, custavam acreditar que era real a cena que presenciavam. A criança foi encontrada suja de terra, com gravetos e folhas, grudadas em seu frágil corpo, mas com vida.

O encontro do bebê foi a constatação de que a jovem após dá a luz a criança, a abandonou, jogando-a no buraco, na tentativa de se livrar do filho.

A polícia retornou para o hospital com o Bebê e passou a buscar informações que pudessem elucidar o caso. Sem querer contar o que teria ocorrido, a jovem se limitou apenas em contar que estava grávida há nove meses e escondeu da família, a gravidez e o nascimento da criança, porque temia a reação dos pais. Disse ainda que o pai da criança é casado e que tem mais três filhos. Para a polícia, o pai do bebê pode ter influenciado na atitude da jovem.

 Luzia Santos Valeriano, de 19 anos de idade, é estudante e, segundo sua mãe, a auxiliar de limpeza urbana, Terezinha Santos Valeriano, de 50 anos de idade, a jovem nunca demonstrou está grávida. Dona Terezinha disse que sinais de gravidez como enjoou, dores e outros, nunca foram apresentados pela acusada. Acrescentou que a jovem sempre usou roupas apertadas e que por isso, acredita, que não tenha percebido nada estranho.

Dona Terezinha disse que apenas na noite da sexta-feira (29) sua filha teria reclamado de dores, mas não quis ir para o hospital. Na manhã deste sábado, Luzia voltou a reclamar de dores, foi quando Dona Terezinha viu que a filha apresentava início de hemorragia. A funcionária pública municipal, disse que pensou ser algum problema na menstruação da filha, foi quando a acusada foi levada ao hospital. Dona Terezinha disse ter tido 14 filhos, dos quais, 8 ainda estão vivos e que de forma alguma concorda com o que a filha fez. Disse que não teri abandonado Luzia se a jovem tivesse revelado que estava grávida.

De acordo com o delegado de polícia civil, Dr. Diógenes, Luzia será indiciada e pode responder por crimes de abandono de incapaz, maus tratos e lesão corporal; ficando a disposição da justiça, assim que deixar a unidade hospitalar onde se recupera da perca de sangue.

A conselheira tutelar do município de Solânea, Graça, relatou que a mãe da acusada vai ficar acompanhando a criança e o caso será levado a justiça para os procedimentos legais.

O agente de investigação Zé Ailton que pegou o recém-nascido nos braços, assim que foi encontrado, declarou emocionado que em todo o tempo de polícia, esse foi o momento mais forte que viveu.

A criança que foi encaminhada para o Berçário Patológico, ficando na incubadora, foi batizada no hospital, pela equipe médica, de Victório. Na delegacia, os profissionais de segurança pública, a representante do conselho tutelar e uma das enfermeiras que atendeu a mãe e a criança, comemoraram a vitória do bebê que resistiu a violência sofrida.


Por Júnior Campos

1 comentários:

ABDON disse...

ESSA MULHER TEM QUE MOFA NA CADEIA PARA PODE SABE O VALOR DE UMA VIDA ISSO NÃO SE FAZ NEM COM UM ANIMAL
ABDON OLIVEIRA DE PASSA E FICA