segunda-feira, 25 de abril de 2011

Para especialistas, Brasil pode ter demorado demais para lançar incentivo ao ensino técnico

Especialistas elogiam o novo programa do governo federal de incentivo ao ensino técnico, mas ressaltam que o Brasil pode ter acordado tarde para o problema.

O projeto de lei que institui a medida deve ser anunciado nos próximos dias e vai entrar na pauta de votações do Congresso em regime de urgência.
 
Os alvos da iniciativa são os alunos de Ensino Médio, os profissionais que recebem o seguro-desemprego e os beneficiários do Bolsa Família.
 
O lançamento do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico tem relação direta com a falta de mão de obra qualificada para a Copa do Mundo de 2014.

A meta do Pronatec é reduzir o déficit capacitando 500 mil trabalhadores este ano e cerca de 3,5 milhões até 2014.

Um estudo do Banco Mundial, feito há um ano meio, já apontava que até 2012 o Brasil teria mais de 2,6 milhões vagas não ocupadas.

O professor de Administração da Universidade Federal de Brasília, Jorge Pinho, avalia que o desafio será recuperar o tempo perdido.
 
Para Jorge Pinho, o fato de o programa prever treinamento profissional para quem recebe o Bolsa Família é um avanço.

O Pronatec vai priorizar os setores de construção civil, tecnologia da informação e de serviços, como hotelaria.

O vice-presidente da Associação Brasileira de Hotéis afirma que as cidades fora do eixo Rio-São Paulo são as que mais sofrem com a falta de mão-de-obra.

Maurício Bernardino considera fundamental dar atenção ao ensino de línguas estrangeiras.

Os cursos técnicos do programa serão realizados em escolas federais, estaduais e na rede do Sistema S, que inclui o Sesi e o Senac.

Os alunos poderão se beneficiar do Fies, o programa de Financiamento Estudantil, e pagar o curso somente depois de formados.

Com Rádio Bandeirantes

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