quarta-feira, 20 de abril de 2011

Os estranhos gastos da bancada do Rio Grande do Norte com dinheiro público

Fazia tempo que eu não fuçava nas páginas eletrônicas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal as contas dos parlamentares do Rio Grande do Norte com dinheiro público, aqueles gastos com a chamada verba indenizatória que são pagos por mim, por você, por cada contribuinte de impostos neste Brasil brasileiro.
 
Hoje matei a saudade, saciei a curiosidade.

E fiquei com a pulga atrás da orelha ao esmiuçar alguns números, algumas prestações de contas.

Ao todo, os deputados federais e os senadores da República do Rio Grande do Norte gastaram em março R$ 158.674,71.

Só Garibaldi Alves, o pai do agora ministro (da Previdência Social) Garibaldi Filho, não tocou no dinheiro público.
 
José Agripino Maia, o presidente do Democratas, anotou gastos de R$ 13.372,20. Só com aluguel de carros foram R$ 8.850,00. E R$ 2.800,00 ele precisou pagar à empresa Branco Oliveira Limpeza e Conservação para deixar tinindo o seu escritório político na capital potiguar.
 
Paulo Davim, senador novo, já é um veterano nas contas públicas que não paga. Foram R$ 15.267,56 no mês passado. Apenas em consultorias, assessorias, pesquisas e trabalhos técnicos, R$ 8.400,00.
 
Na Câmara, a deputada petista foi a campeã. Sua conta no mês passado chegou a R$ 22.452,80. Destaque para o exagero de telefonemas, que custaram R$ 4.695,22, e também para a fatura salgada da divulgação do mandato - R$ 12.910,00.

Fábio Faria, o líder do PMN que está a caminho do PSD, vem logo em seguida. Seus gastos em março chegaram a R$ 20.072,04. A surpresa é o custo altíssimo do escritório político em terras potiguares: R$ 8.940,80.

Líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves está em terceiro lugar - R$ 19.315,24. Só com aluguel de veículos ele gastou R$ 8.300,00. Mas o estranho mesmo foi a compra de três passagens aéreas Fortaleza-Brasília-Fortaleza, a um custo de R$ 2.217,96, para Wellington, Nathaly e Natasha Costa. Obviamente, uma família.

Paulo Wagner, o deputado verde que por levar tanto ao pé da letra os ensinamentos do partido ecologicamente correto transformou o seu gabinete num imenso laranjal, gastou R$ 18.161,56 em verba indenizatória. Só com aluguel de carros, R$ 7.000,00. E com almoços e jantares, R$ 1.626,42.

Felipe Maia está em quinto lugar, com despesas de R$ 14.987,17 em março. Já cuidando de uma possível candidatura à prefeitura de Natal (pagou R$ 6.000,00 à Artec Marketing Político) e sempre primando pelo bom gosto na escolha de restaurantes (gastou R$ 413,78 no Lake´s, no Buongustaio e no Oliver, três casas de primeiríssima qualidade).
 
Rogério Marinho, tucano de bico grande e largo, pendurou uma conta de R$ 14.467,12 nas nossas costas. À Sunline Viagens e Turismo foram pagos R$ 5.500,00 a troco de "locação de veículos"

Sandra Rosado, socialista de Mossoró, gastou apenas R$ 12.900,30. Mas teve o cuidado de reservar quase a metade (R$ 5.000,00) para a Rede Resistência de Comunicação, uma empresa que é sua e de sua família.

E por fim, João Maia. Foi de R$ 7.678,72 a conta do parlamentar de família enrolada. Para manter o escritório no Rio Grande do Norte, gastou R$ 2.514,91.

Com Nominuto

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