A promotora de Justiça Deborah Guerner e seu marido, o empresário Jorge Guerner, foram presos nesta quarta-feira, 20, pela Polícia Federal, em Brasília. Investigados por envolvimento no esquema de corrupção no Distrito Federal, eles tiveram o pedido de prisão preventiva decretado pela Justiça Federal, sob acusação de que estariam obstruindo as investigações. O Ministério Público também suspeitava de um planejamento do casal para deixar o País, após recente viagem que eles teriam feito à Itália, nas últimas semanas.
Além da prisão decretada, Deborah Guerner foi alvo de uma nova denúncia à Justiça. Ela e dois médicos foram denunciados nessa terça-feira, 19, sob a acusação de criar atestados falsos para obstruir as investigações. Os advogados da promotora disseram que tentarão ainda nesta quarta um pedido de habeas corpus à Justiça. Deborah foi encaminhada para a superintêndencia da Polícia Federal e o marido pode ser transferido para o presídio da Papuda, já que não teria formação superior.
Deborah Guerner é acusada de atuar ao lado do ex-procurador geral do DF, Leonardo Bandarra, para cobrar propina do governo do Distrito Federal, em troca de proteção do Ministério Público. Deborah e Bandarra respondem a processo de expulsão do serviço público, no Conselho Nacional do Ministério Público. Os nomes dos promotores foram citados na Operação Caixa de Pandora, que investigou o esquema conhecido como mensalão do DEM, que terminou com a prisão e perda do mandato do então governador do DF, José Roberto Arruda.
No início do mês, teve início o julgamento e três conselheiros manifestaram-se favoravelmente à pena máxima — demissão do cargo e ação penal. Devido a um pedido de vistas do processo, o julgamento foi suspenso e será retomado em 17 de maio. Oito conselhereiros ainda vão votar.
Com O Estado de São Paulo
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