Mais de 1.800 servidores do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena (HETSHL) incorporam na rotina funcional, 15 minutos de ginástica laboral diariamente como forma de melhorar a qualidade de vida dentro e fora do hospital. As atividades começaram a ser realizadas nesta terça-feira (21), por um grupo de três educadores físicos e um fisioterapeuta que desempenham os exercícios de alongamento e relaxamento durante os cinco dias úteis da semana, das 9h às 21h nas dependências internas da unidade de saúde.
De acordo com o fisioterapeuta do grupo de ginástica laboral do HETSHL, Bruno da Silva Brito, cada setor tem um horário específico para o atendimento, de forma que não prejudique o desempenho de suas atividades, principalmente àqueles com a missão de prestar a assistência aos pacientes ainda na porta de entrada no hospital. “Todos os funcionários foram contemplados com a atividade, desde os que lidam com a assistência até aqueles responsáveis pela execução dos serviços burocráticos na parte administrativa”, lembrou.
Ele disse que os exercícios são voltados às estruturas musculares e articulares como coluna cervical, punhos, ombros, pernas, braços, entre outros, pois geralmente tem uma carga maior no desempenho das atividades. Os exercícios de alongamento servem para preparar e retirar os vícios posturais, de acordo com o fisioterapeuta.
Bruno da Silva disse que a maioria das pessoas se queixa geralmente de dores na coluna cervical e punhos pelo uso contínuo do computador e isso provoca principalmente as Dorts (Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho), responsáveis pelo maior número de afastamento de profissionais do seu local de trabalho. “Elas são caracterizadas por dores crônicas que limitam a função, e o pior, não tem cura, mas tratamento”, destacou.
Segundo o fisioterapeuta, a ginástica laboral desliga à pessoa do ambiente de trabalho e assim diminui a incidência das Dorts. Por outro lado, melhora ainda o indivíduo na questão biopsicossocial. “Estamos favorecendo aos funcionários do Trauma um tratamento em forma de prevenção, e através da ginástica, tentamos corrigir os pequenos vícios nocivos à saúde, além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas”, informou.
Ele observou que após a ginástica, os servidores voltam mais comunicativos, alegres e calmos aos lugares de trabalho.
Conforme a coordenadora do núcleo de ações estratégicas do HETSHL, Rosângela Guimarães, a direção do Trauma resolveu implantar a ginástica como um programa de prevenção às doenças ocupacionais, valorizando o trabalhador de todos os setores do hospital, pois às atividades são realizadas em grupo numa área comum (frente à farmácia), ou nos setores quando eles não podem fazer o deslocamento a essa área.
Ela lembrou que além da ginástica, estão sendo aplicados questionários com os funcionários sobre os conhecimentos a cerca do assunto e aceitação da atividade, avaliações da atividade desenvolvida e postural. “Nossa proposta é envolver o Sesmt (Serviço Especializado de Segurança de Medicina do Trabalho) e Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) do hospital no trabalho para que possam disponibilizar as estatísticas sobre o número de funcionários com licenças por doenças ocupacionais”, informou.
Rosângela adiantou ainda que será realizada uma série de palestras educativas internas e os funcionários receberão orientações de ergonomia para se adaptarem a melhores condições de trabalho.
Com Assessoria
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