Polícia em frente a casa da acusada |
Absurdo. Foi
essa a palavra que o agente de investigação da polícia Civil, Zé Ailton, encontrou
para definir o caso que acompanhou na manhã deste sábado (30).
Era fim do
plantão na delegacia de Solânea, no brejo paraibano, quando a polícia civil recebeu
uma denúncia do hospital local, dando conta de um suposto aborto voluntário,
praticado por uma jovem de 19 anos de idade.
Os agentes
que estava de plantão, Tarcísio Noberto e Zé Ailton, se deslocaram para o
hospital para apurar o caso e, depois da confirmação, por parte da equipe
médica, de que havia um crime de aborto, os policiais foram com a mãe da jovem
até a residência onde as duas residem, na Rua Ceará, parte periférica de
Solânea, com o objetivo de encontrar elementos que confirmassem a denúncia.
Local onde a criança foi encontrada |
Os agentes
de investigação descobriram que havia uma grande concentração de sangue, no
banheiro da casa, provavelmente onde teria ocorrido o suposto aborto. Em
seguida, passaram a rastrear marcas de sangue que levaram os policiais até o
quintal da residência. A mãe da jovem, acompanhada dos policiais e outra filha,
disseram ter ouvido choro de criança e seguiram em direção ao choro. Para a
surpresa da polícia, era uma criança recém-nascida que estava jogada em um
buraco que fica há poucos metros da residência.
A reação foi
de choque entre os policiais e a família da jovem que, custavam acreditar que
era real a cena que presenciavam. A criança foi encontrada suja de terra, com
gravetos e folhas, grudadas em seu frágil corpo, mas com vida.
O encontro
do bebê foi a constatação de que a jovem após dá a luz a criança, a abandonou, jogando-a
no buraco, na tentativa de se livrar do filho.
A polícia
retornou para o hospital com o Bebê e passou a buscar informações que pudessem
elucidar o caso. Sem querer contar o que teria ocorrido, a jovem se limitou
apenas em contar que estava grávida há nove meses e escondeu da família, a
gravidez e o nascimento da criança, porque temia a reação dos pais. Disse ainda
que o pai da criança é casado e que tem mais três filhos. Para a polícia, o pai
do bebê pode ter influenciado na atitude da jovem.
Luzia Santos
Valeriano, de 19 anos de idade, é estudante e, segundo sua mãe, a auxiliar de
limpeza urbana, Terezinha Santos Valeriano, de 50 anos de idade, a jovem nunca
demonstrou está grávida. Dona Terezinha disse que sinais de gravidez como
enjoou, dores e outros, nunca foram apresentados pela acusada. Acrescentou que
a jovem sempre usou roupas apertadas e que por isso, acredita, que não tenha
percebido nada estranho.
Dona
Terezinha disse que apenas na noite da sexta-feira (29) sua filha teria
reclamado de dores, mas não quis ir para o hospital. Na manhã deste sábado,
Luzia voltou a reclamar de dores, foi quando Dona Terezinha viu que a filha
apresentava início de hemorragia. A funcionária pública municipal, disse que
pensou ser algum problema na menstruação da filha, foi quando a acusada foi
levada ao hospital. Dona Terezinha disse ter tido 14 filhos, dos quais, 8 ainda estão vivos e que de forma alguma concorda com o que a filha fez. Disse que não teri abandonado Luzia se a jovem tivesse revelado que estava grávida.
De acordo
com o delegado de polícia civil, Dr. Diógenes, Luzia será indiciada e pode
responder por crimes de abandono de incapaz, maus tratos e lesão corporal;
ficando a disposição da justiça, assim que deixar a unidade hospitalar onde se
recupera da perca de sangue.
A
conselheira tutelar do município de Solânea, Graça, relatou que a mãe da
acusada vai ficar acompanhando a criança e o caso será levado a justiça para os
procedimentos legais.
O agente de
investigação Zé Ailton que pegou o recém-nascido nos braços, assim que foi
encontrado, declarou emocionado que em todo o tempo de polícia, esse foi o
momento mais forte que viveu.
A criança que
foi encaminhada para o Berçário Patológico, ficando na incubadora, foi batizada
no hospital, pela equipe médica, de Victório. Na delegacia, os profissionais de
segurança pública, a representante do conselho tutelar e uma das enfermeiras
que atendeu a mãe e a criança, comemoraram a vitória do bebê que resistiu a
violência sofrida.
Por Júnior Campos
1 comentários:
ESSA MULHER TEM QUE MOFA NA CADEIA PARA PODE SABE O VALOR DE UMA VIDA ISSO NÃO SE FAZ NEM COM UM ANIMAL
ABDON OLIVEIRA DE PASSA E FICA
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