Boby |
Na manhã do
domingo, 22 de agosto de 2011, foram encontrados, no Sítio Cana Brava, zona
rural de Bananeiras, no brejo paraibano, próximo a um túnel histórico da cidade,
os corpos de Jobson Ramalho Ribeiro, 26 anos, conhecido como “Boby”, e João
Miguel Souza Graciano, 40 anos. As vítimas estavam com os corpo crivados a bala.
Meses depois
a polícia ainda não esclareceu o crime. Ninguém foi preso e não há informações
de indícios de autoria dos crimes.
O pai de um
dos jovens, o Sub-tenente aposentado da PM, Filgueira, enviou uma carta á
redação de jornalismo da Talismã FM (99,3), onde expõe o sentimento de revolta pelo fato da polícia ainda não ter
elucidado o crime.
Na carta o
Sub-tenente Filgueira, pai da vítima, fala do convívio com o filho e lamenta a
polícia ainda ter dado uma resposta para sua família.
Veja a carta
na íntegra.
“A
impunidade alimenta a violência e a criminalidade. Com esta certeza passamos a
relatar a história de Jobson Ramalho Ribeiro, mais conhecido como Boby, de 26
anos de idade.
Bob era um
jovem como outro qualquer, de família humilde, que cresceu e viveu gozando de todo carinho e amor de
seus pais. Porém, o destino o levou por caminhos que não eram os sonhos e os
desejados pelos mesmos.
Durante
aproximadamente seis anos, Bob dividiu seus dias com a jovem Valdira Silva de
Sousa, com quem teve dois filhos, residindo no sítio Cana Brava, no município
de Bananeiras-PB.
Segundo
informações repassadas por Bob e pessoas próximas, não existia uma convivência
pacífica entre ele e os irmãos de Valdira, sendo, inclusive, ameaçados de morte
por um deles, o que o deixara muito preocupado e certo de que algum mal poderia
lhe acontecer.
No dia 20 de
agosto de 2011, Bob foi encontrado sem vida no quintal de sua residência,
atingido mortalmente por disparos de arma de fogo, e dentro da casa o corpo de
João Miguel Sousa Graciano, morto nas mesmas condições.
A partir
daí, teve início um verdadeiro mistério para se chegar a autoria destes crimes,
que ficou a cargo das autoridades policiais como manda a lei.
Várias
pessoas foram intimadas, principalmente, os familiares de Valdira, companheira
de Bob. Foi fácil perceber as evidentes contradições de todos eles durante seus
depoimentos, o que seria suficiente para deixar qualquer pessoa, inclusive
leiga no assunto, certa de que alguém estaria faltando com a verdade. Contudo,
mesmo diante dessa realidade, passados aproximadamente oito meses do
acontecido, nada foi esclarecido, ninguém foi preso, nenhuma resposta foi dada aos familiares das vítimas , nem a sociedade.
As pessoas
depoentes, algumas consideradas suspeitas de terem praticados estes crimes,
continuam a vida normalmente, como se nada tivesse acontecido. Enquanto isso,
os pais de Bob ainda sofrem com o triste acontecimento, principalmente pelo
sentimento de impunidade que parece reinar nessa região.
No dia 20 de
agosto passado, assassinaram Bob e João, mas não foi um fato isolado , muitos,
antes e depois, também foram vítimas do mesmo tipo de crime.
Diante de
tudo isso, algumas perguntas pairam em nossas mentes: Quantos outros jovens
ainda se tornarão vítimas da violência? Quantas outras famílias ainda serão
destruídas? Quantos outros pais viverão o resto de seus dias chorando a falta
de seus filhos? A sociedade e, ainda mais, as famílias merecem uma resposta.
Que as
autoridades competentes se sensibilizem com esta situação, que cada uma faça a
sua parte, que os culpados possam pagar pelos crimes cometidos, mas de forma
justa e não com a própria vida, que a verdade e a justiça prevaleçam sempre.
Queremos e
precisamos acreditar que a justiça será feita e, para finalizar, é necessário
repeti: A impunidade alimenta a violência e a criminalidade.
Que Deus, o
pai da justiça, abençoe a todos nós.”
Carta
assinado pelo pai de Bob.
Por Júnior Campos
Imagem - Arquivo da net
1 comentários:
porque não publica também a questão dos jovens de Araruna, se fosse pra babar sandro ferreira tava valendo .
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