O débito imediato de uma dívida com o INSS causou um prejuízo de 93 mil
reais, dos 131 mil reais, que entrou nos cofres públicos do município no dia 10
de setembro. Foi o que revelou em entrevista o prefeito do município de
Riachão, Erinaldo Moura do Nascimento (Naldo - PSB). Dessa forma o pagamento dos funcionários públicos do município referente
ao mês de setembro foi não foi pago.
De acordo com o prefeito, no dia 10 de setembro, entrou na conta da
prefeitura o débito líquido de 131 mil reais, desses recursos, 76.815 reais
tinha sido autorizado pelo ex-prefeito interino e foi descontado diretamente
para o INSS e 12.383 reais o INSS colocou de juros em cima desse desconto e
mais 5. 037 reais que é o débito da parcela do mesmo. Do FPM restaram 19 mil, e
deste a Energisa fez seu débito automático em conta no valor de 10 mil reais,
ficando apenas 9 mil. Ainda foi autorizado ao Banco do Brasil descontar empréstimo
do conseguindo dos funcionários que não haviam sido pagos no mês anterior. O
desconto foi de 9 mil no FPM, 20 mil do Fundeb e 9 mil do SUS, e o que restou desse dinheiro foi apenas 491
reais.
No dia 20, a prefeitura recebeu 22.979,99, dinheiro que seria para a
realização do pagamento dos vereadores, mas segundo o prefeito em virtude da
folha de pagamento, não havia condições de fazer o repasse para pagar aos
vereadores, pois o repasse da Câmara Municipal é de 38 mil reais, e só havia 22
mil reais.
Segundo o prefeito os recursos que entraram no dia 20/09 foram usados
para atender a necessidade da população no que diz respeito ao abastecimento de
água principalmente na zona rural onde é mais necessitado e apesar de o
Exército fazer abastecimento em algumas áreas da zona rural mesmo assim não é o
suficiente, isso porque onde tem água encanada não é feito o abastecimento. “Eu não ia deixar a população das zonas rurais morrerem de sede, eu
tinha que pagar aos fornecedores de abastecimento de água para que retornassem
o abastecimento, até por que onde tem água encanada, o exército não coloca
água, e dentro da área urbana a água encanada não está chegando, e nos prédios
públicos, tais como a creche da Quixaba e o PETI também estavam sem água e era
necessário mandar um carro pipa e este é caríssimo e claro que não iria deixar
de socorrer o povo que estão com sede nas áreas rurais, e nos prédios públicos
na área urbana para repassar pra aos vereadores. Já não tinha dinheiro e para
fazer uma escolha entre os vereadores que pode esperar um pouco e o povo de
Riachão, eu preferi fazer a escolha pelo povo de Riachão”.
Naldo deixou claro que a prefeitura dispõe de recursos para realizar o
pagamento da folha da educação como também da folha da saúde, porem os demais
funcionários, ficariam sem receber e para não haver constrangimento o prefeito
decidiu deixar para fazer o pagamento de todos no dia 10 de outubro. “Como eu trato o povo de Riachão de forma igual e sendo eu funcionário
público acredito que todos os funcionários públicos merecem tratamento digno e
igual. Portanto para não fazer o pagamento em partes, peço a paciência e a
calma do povo de Riachão para que no dia 10 quando entra os recursos, sejam
realizados os pagamentos por completo. Não é má vontade, Riachão me conhece, é
a falta de recursos que por causa de um débito de 93 mil reais foi imputado no
dia 10. Também peço a paciência e calma dos vereadores e que eles se
sensibilizem com a situação que estamos vivenciando no momento, até porque os
débitos não foram nossos, mas de outra gestão.”
Uma das preocupações do prefeito Naldo é de levantar a autoestima da
credibilidade financeira do município e trabalhar para servir bem a população
de Riachão, sem enganação, e com dignidade. “Não tenho dificuldades em servir a qualquer filho de Riachão, sem cor
partidária (...), essa prefeitura e esses recursos são do povo de Riachão e
dentro da medida do possível faço a prioridade ao povo deste município.”
Naldo revelou que também não recebeu seu salário de prefeito. “Meu
salário está da mesma forma que está todos os funcionários, não pago o meu se
não pagar aos funcionários, só recebo o meu quando todos receberem, e todos
podem acompanhar pela internet.”
Com José Roberto / Diário do Riachão
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